No devido tempo, todos os seus troféus serão jogados no lixo por alguém (James Dobson)

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Departamento de Educação da Assembleia de Deus de Chapecó

9.7.10

Família, uma instituição divina


A família sempre ocupou espaço importante e especial na consolidação da história. Antropólogos e sociólogos ao estudar sobre uma civilização antiga ou que por um motivo ou outro se extinguiu, levam em consideração a composição da família e a rotina da mesma. A família é a base da sociedade desde os tempos mais remotos, sua vida cotidiana, os valores que a mesma agrega, a segurança e o conforto geram uma sociedade equilibrada e unida em volta de valores éticos que garantem a coexistência de seres tão diferentes e ao mesmo tempo semelhantes.
A família, ou o modelo familiar que conhecemos hoje, passou por várias mutações no desenvolvimento da história e é claro que, tais mudanças foram necessárias para a adaptação em um mundo que gira na velocidade da tecnologia. Antes da Revolução Industrial, as pessoas eram geradas e criadas em famílias grandes com a economia baseada na agricultura e os muitos filhos garantiam mão de obra nas lavouras. Com a chegada da máquina a economia passou a ser baseada na linha de produção, com pessoas assalariadas e com renda baixa e fixa. Surge a necessidade então da esposa-mãe, trabalhar fora para ajudar no sustento familiar, isso também significou “liberdade” para um grupo feminista que buscava direito de igualdade. A mulher passou a dividir o tempo entre seus afazeres domésticos e a carga horária da fábrica. A competitividade por uma vaga no mercado de trabalho fez com que o homem moderno se afastasse um pouco do convívio familiar. Com a mulher também trabalhando fora, o número de filhos diminuiu e a educação dos mesmos, fora delegada às escolas públicas ou particulares.
Com o avanço da tecnologia e a chegada do Século XXI novas mutações ocorreram, a competitividade aumentou, o stress de conviver em uma sociedade extremamente agitada contribuiu para a formação de uma família desequilibrada e socialmente desajustada. O divórcio se tornou comum e as pessoas passaram a nem se casarem mais, “se juntam” como se diz por ai, a expressão “até que morte nos separe” foi substituída pela: “eterno enquanto dure”. Com essa nova mentalidade os problemas sociais aumentam, os filhos desse novo modelo familiar crescem sem a segurança e o conforto do equilíbrio.
O novo modelo familiar não é basicamente pai, mãe e filhos, mas:
(mãe, padrasto e filhos);
(pai, madrasta e enteados);
(pai, mãe e os filhos dela e os filhos dele).
E agora surge ainda outra variação, que é a família composta por casais homossexuais que buscam diante da justiça direitos iguais de paternidade. Com tudo isso, podemos dizer sem medo de errar ou exagerar, que a família do Século XXI não possui modelo ou forma. A conseqüência disso tudo é a realidade cruel da violência tão exacerbada nos dias atuais. É filhos matando pais, é pais matando filhos, filhos recém nascidos abandonados em matagais, latas de lixo, quando não abortados e avós sendo assassinados por alguns trocados. É a marca de uma sociedade doente psicologicamente e o câncer que a corrói está alojado na estrutura da família.
O Apóstolo Paulo a quase dois mil anos atrás escreveu uma carta ao jovem Timóteo, descrevendo como seria o homem do futuro (II Tm 3.3), e uma das palavras que ele usa na descrição é "astorgos" que significa desafeiçoado, ou seja, sem afeição natural, aquele que nada sente por seus pais, ou pais que não amam seus filhos. Filhos gerados sem amor, geram outros filhos sem amor e o ciclo continua.
A família é uma Instituição Divina, e a sua saúde e equilíbrio são temas de grande destaque nas Sagradas Escritura. Deus incentiva o casamento (Ec 4.9, Mt 19.5), proíbe o divórcio (Mateus 19.9), enfatiza o amor e o respeito aos pais (Êx 20.12, Mt 15.4, Ef 6.1) e aos pais também aconselha a amá-los e não irritá-los (Ef 6.4). Quanto a vida matrimonial as Escrituras orienta para que o marido ame honre e respeite sua esposa (I Pe 3.7, I Co 7.11) e o mesmo à esposa (Cl 3.18, I Co 7.10, I Pe 3.1).
Embora haja uma consciência quase nula quanto a esses valores, bem lá no fundo todos anseiam por um pouco mais de respeito, de romantismo de confidência e cumplicidade, ninguém veio ao mundo para ser usado como objeto, e é por isso que Deus nos muniu de emoções e sentimentos.
O projeto de Deus para a família sempre foi o mesmo, o próprio Deus usa a figura de “Pai”, e Ele não é qualquer pai. É um Pai amoroso que se preocupa com todos os seus filhos e sente pelas decisões que muitos escolhem em suas vidas e de como conduzem, ou dirigem suas famílias. O maior vínculo de humanidade está na estrutura familiar, Jesus ao nascer nesse mundo precisou de uma, embora nascido apenas de Maria, ele tinha José como pai terreno e também tinha irmãos (Mt 12.47).
Se a sua família não é como você deseja que fosse, se há problemas que parecem insolúveis, quero te dizer que o idealizador dessa Instituição está bem interessado em te ajudar a resolver os problemas, e que você pode romper com o ciclo de desarmonia e se tornar um agente de mudança, não somente para sua família, mas sua atitude influenciará a comunidade onde você vive, a sociedade e em parceria com outros agentes de mudança transformaremos o mundo, em um lugar de respeito, amor, humanidade, um lugar decente para nossos filhos e netos.
Prof. De Paula